Nome de Placa

                A coluna Nome de Placa tem como intuito explicar a origem dos nomes das ruas, avenidas e praças, que lemos nas diversas placas espalhadas pelo bairro e pela cidade, sendo que poucas pessoas sabem quem foram esses personagens históricos. A coluna é atualizada mensalmente. Escreva para a seção Nome de Placa, se você tem a curiosidade em descobrir quem foi aquele personagem que dá nome a sua rua, avenida ou praça, entre em contato conosco através do email: jvinova@hotmail.com para a seção Nome de Placa.



Praça Januário Estevam Lara Dante
Localização: Cruzamento das Avenidas Cruzeiro do Sul e Nossa Senhora da Lapa
Oficialização do nome: Decreto Nº 1.588 de 21 de janeiro de 1970

                Januário Estevam Lara Dante nasceu em 17 de fevereiro de 1902 na cidade de Capão Bonito no interior de São Paulo, tendo como pais Estevão Dante e Maria Dante. Completou seus estudos na capital formando-se perito contador em 1924, exercendo a seguir o cargo de contador na Câmara Municipal de sua cidade natal. De 1935 à 1937 exerceu o cargo de prefeito de Capão Bonito.
                Ingressou em 1938 no Departamento de Estradas de Rodagem (D.E.R.) no cargo de administrador, aposentado-se em 1º de Abril de 1967 após 33 anos de dedicação ao serviço público. Em outubro de 1955 concluiu o curso de supervisor de Pessoal na Indústria e Comércio. No dia 13 de junho de 1943 fixou residência em Cubatão onde viveu 26 anos. Excelente chefe de família soube sempre orientar seus cinco filhos (Glauco, Cesar, Gualter, Maria Tereza e Virgínia) que assimilaram a virtude e honradez do pai.
                 Amante dos esportes fundou a Associação Atlética Anchieta da qual recebeu o título de presidente Vitalício. Foi presidente da Liga de Futebol Amador de Cubatão e do Tribunal de Justiça Esportiva da mesma entidade. Na política destacou-se por sua incansável luta pela Emancipação política-administrativa de Cubatão.
                 Eleito vereador para a primeira Câmara Legislativa marcou de forma inesquecível sua passagem pelo Legislativo deste município, apresentando trabalhos de vulto como:  criação da Comissão Municipal de Arbitramento da locação de imóveis, Escola Mista do Jardim Casqueiro, Serviço de Arborização da cidade, concessão de prêmios aos alunos das escolas municipais, isenção de impostos para estabelecimento culturais, assistenciais, filantrópicos, Impostos de licença e Publicidade.
*Praça Dr. Gervásio Bonavides
Localização: Confluência das Ruas João Pessoa, Sergipe e 13 de Maio na Vila Nova.
Oficialização do Nome: Decreto Nº 1935 de Janeiro de 1971.

                O Dr. Gervásio Fernandes Bonavides nasceu em João Pessoa, capital da Paraíba, em 11 de Abril de 1897. Fez os primeiros estudos na terra natal, onde veio militar na Imprensa e a exercer o Magistério. Após concluir com brilhantismo o curso de Humanidades, transferiu-se para Recife, matriculando-se na tradicional Faculdade de Direito. Destacou-se na ocasião como acadêmico ao participar de atividades inerentes à política universitária, integrando a Diretoria da Entidade Estudantil daquela Escola Superior.
              Jornalista profissional compunha na época o corpo de redatores do Correio de Pernambuco, órgão ainda hoje de larga divulgação no estado. Membro de família ligada à política e as letras jurídicas da Paraíba da qual faz parte o ex-jurista Pedro Marinho Falcão e o ex-governador da Paraíba João Agripino, o Dr. Gervásio Bonavides quis entretanto construir sozinho o próprio destino. Logo depois de formado em Ciências Jurídicas mudou-se para o Rio de Janeiro e em seguida para Santos, onde viveu a maior parte da sua vida.
             Fundou em 1923 o Ginásio Luso-Brasileiro, estabelecimento educacional de grande projeção em Santos durante muito tempo, onde lecionou História, Geografia e Língua Portuguesa. Em 1927 por ato do então governador Júlio Prestes foi nomeado membro do Ministério Público do Estado de São Paulo, passando a exercer em Santos o cargo de curador geral da Comarca e ocupou eventualmente também a Promotoria Pública nas varas criminais de Santos.
              Casou em 1928 com Dona Julieta de Azevedo Bonavides, filha do desembargador Manoel Polycarpo de Azevedo, então presidente do Egrégio (célebre) Tribunal de Justiça de São Paulo. O casal teve um filho, o Dr. Paulo José de Azevedo Bonavides, que durante três anos exerceu o cargo de delegado de Polícia de Cubatão. Probo (honrado), dinâmico, culto, afável e simples o Dr. Gervásio Bonavides sempre revelou, fosse na prática da Advocacia ou fosse no exercício da função pública, um traço marcante e significativo de seu caráter que era a infinita grandeza de coração.  Amigo dos pobres, dos órfãos, da infância e da velhice desvalida, dedicou-lhes com infatigável desvelo (zelo) e carinho, durante a sua vida como homem público e dirigente de inúmeras sociedades filantrópicas.
               Pertenceu a Santa Casa de Misericórdia de Santos prestando serviços ao longo de vários anos na mesa administrativa. Integrante do Instituto Histórico e Geográfico de Santos deixou consignado (registrado) nos anais daquele sodalício (sociedade de pessoas que vivem juntas), o sinete (a marca) de extraordinária cultura. Um dos fundadores da Faculdade Católica de Direito de Santos fora designado para reger a cadeira de Direito Internacional Privado, a morte todavia o surpreendeu antes.
                   Idealista atuou ainda que acidentalmente na política partidária compondo a militância do extinto Partido Social Democrático. Admirador de Cubatão contava com grande número de amigos na cidade naquela época.  Ao morrer em abril de 1953 recebeu diversas homenagens consistentes, através da perpetuação do seu nome em ruas localizadas nos municípios de João Pessoa, Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande além de uma praça em Cubatão.
*Texto retirado de apostila sobre o Bairro da Vila Nova Cubatão cedida pela Coordenadoria do Desenvolvimento Físico da Assessoria de Planejamento.


                                                  Praça Francisco da Silva Cardoso

Localização: A Praça Francisco da Silva Cardoso fica localizada na confluência das Ruas Jefferson Damião do Amaral, 1º de Maio, Heládio Vicente  Ferreira e Avenida Martins Fontes.

Oficialização: O nome da praça foi oficializado através do Decreto Nº 1.444 de 4 de setembro de 1969.
         
               Originário de Alquidão em Portugal onde nasceu em 26 de dezembro de 1896, Francisco da Silva Cardoso, chegou ao Brasil em 16 de março de 1913 e iniciou a sua vida de lutas como funcionário da Companhia City of Santos Improvements Company Limited, localizada no Bairro da Olaria em Cubatão. Aposentou-se em 1954 após exercer cargos na City como maquinista e chefe de serviços de água e força sendo considerado por suas virtudes um homem digno e um funcionário exemplar. Nos seus 42 anos de dedicação e vida ao trabalho árduo teve a oportunidade de também exercer atividades profissionais como a de servidor estadual, quando da encampação do serviço de água de Santos e Cubatão pelo governo federal em 1953.

              Cardoso casou-se com Maria Gomes Euzébio e dessa união nasceram os filhos Marieta, Flávio, Cláudio, Mário, Maria Francisca e Laura, todos nascidos em Cubatão. Além da participação ativa na vida social e política de Cubatão integrava várias entidades recreativas e filantrópicas e para o desenvolvimento dessa cidade colaborou construindo um prédio com dois edifícios no qual instalou um bar de sua propriedade, e por volta de 1948 ergueu mais três edifícios no Bairro da Vila Santa Rosa. Cidadão cubatense de coração era totalmente favorável a emancipação político-administrativa da cidade, tornando-se um dos primeiros a votar "sim" no pleito de 17 de outubro. Faleceu em 7 de maio de 1961 aos 65 anos vítima de colapso cardíaco.




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